
A fé verdadeira não é construída na ausência de problemas, mas na certeza de que, mesmo em meio à tempestade, DFalar sobre fé e dinheiro nunca foi fácil — e talvez por isso seja tão necessário. Vivemos em tempos em que o valor do ser humano muitas vezes é medido pela sua conta bancária e onde sucesso é confundido com acúmulo. No entanto, a Bíblia é clara e incisiva sobre este tema: não é o dinheiro o problema, mas o lugar que ele ocupa em nosso coração.
Em 1 Timóteo 6:10 está escrito:
“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”
O alerta é nítido: não é o dinheiro em si que corrompe, mas o amor a ele. A obsessão por riquezas tem o poder de nos afastar da fé genuína, distorcer nossa visão da vida e nos prender a um sistema que nunca sacia. A Palavra também nos confronta em Mateus 6:24:
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.”
Mamom, personificação das riquezas, é apresentado como um senhor — e aqui está o ponto central: quem é o senhor da sua vida? A quem você obedece? A quem você recorre em tempos de crise?
Deus nunca nos chamou para sermos escravos do sistema financeiro. Ao contrário, Ele nos criou para governar. Em Gênesis 1:28, o mandamento é claro:
“Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai…”
Somos chamados para exercer domínio, inclusive sobre as riquezas. O dinheiro foi feito para servir ao propósito, e não para se tornar o propósito. Quando colocamos Deus como fonte e Senhor, compreendemos que o dinheiro é apenas um recurso — nunca um fim.
Jesus nos oferece ainda outro parâmetro para reflexão em Mateus 6:21:
“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”
Esta frase nos obriga a um exame sincero: onde está o nosso coração? Em que temos investido nosso tempo, nossos pensamentos, nossos sonhos? O que ocupa nossa mente quando estamos sozinhos?
A fé cristã nos ensina que Deus é o nosso provedor. Não é o salário, o cliente ou o mercado que nos sustenta — são apenas meios pelos quais Ele opera. Quando entendemos isso, somos libertos da ansiedade e da servidão ao dinheiro. Passamos a caminhar com leveza, generosidade e sabedoria, sabendo que recursos vêm e vão, mas a fidelidade de Deus permanece.
A economia do Reino não se baseia em acúmulo, mas em generosidade. Não é regida pelo medo da falta, mas pela confiança na suficiência de Cristo. Não é impulsionada por escassez, mas por abundância de propósito.
Portanto, o convite é claro: governe o dinheiro com fé — e não permita que ele governe sua fé.
Por: Cristiane Rudd