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“O mundo profissional está mudando, acostumem-se”

Eu ouvi essa frase de um jovem aprendiz de 17 anos em um evento sobre Carreiras para Jovens aqui em Londres. E ele não poderia estar mais correto.

Culturalmente, estamos começando a perceber que as pessoas simplesmente não são programadas para fazer apenas um trabalho. Somos criaturas com múltiplos interesses, e evoluímos e mudamos ao longo do tempo.

Historicamente, os últimos anos provaram que o que era seguro e estável antes pode não ser mais de um dia para o outro. Por que nosso trabalho não deveria refletir nossa diversidade e desenvolvimento internos?

Você provavelmente já sabe que um portfólio é uma coleção do seu trabalho. É algo que você pode usar na aplicação para um emprego ou em uma entrevista para provar sua experiência passada relacionada àquela função. Mas você sabe o que é uma carreira de portfólio?

Ultimamente, tem se falado muito sobre esse conceito. Em termos simples, é um estilo de trabalho em que você tem várias cordas em seu arco de carreira — múltiplas fontes de renda — geralmente criando uma mistura de emprego fixo, freelance e/ou consultoria.

Você pode ser um professor e um artista. Um consultor de gestão empresarial e um designer gráfico. Pode trabalhar empregado em marketing, ser freelancer como redator e administrar um negócio de coaching online.

Muitas pessoas já tiveram carreiras de portfólio, seja ao sair da faculdade sem saber o que queriam ou durante uma transição profissional. Hoje, empregadores valorizam a diversidade de experiências desses profissionais, especialmente diante da falta de habilidades interpessoais no mercado.

Os benefícios incluem flexibilidade, exploração de interesses variados e diversificação da renda. Contudo, isso também exige autogestão, organização rigorosa e enfrentar períodos de instabilidade financeira. Planejamento e clareza são essenciais para aproveitar ao máximo esse modelo de carreira.
Antes de assumir grandes compromissos, experimente: inicie pequenos projetos paralelos ou serviços freelance para avaliar se esse formato combina com você. Apesar da flexibilidade, a carga de trabalho pode ser desigual, dificultando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Profissionais autônomos, freelancers e de meio período geralmente não recebem benefícios tradicionais, como plano de saúde ou férias remuneradas, além de precisarem gerenciar impostos por conta própria.

No Brasil, o polywork, tendência de manter múltiplos empregos, já é uma realidade: 60% dos profissionais atuam em mais de um trabalho. Segundo pesquisas, 31% buscam renda extra para segurança financeira, 26% querem complementar ganhos e 25% desejam realizar sonhos pessoais. Jovens, em particular, têm priorizado qualidade de vida em vez de cargos de gerência.

Ao seguir suas curiosidades, você traz paixão para novas carreiras e se sente mais realizado. O importante é focar nos seus pontos fortes e habilidades únicas.